terça-feira, março 31, 2009

Ena... 10 anos!

Jááááááá???? Taaaaaaaanto??

Pois é, "játantofogoirrapôçasotempopassoudepressa".

Há 10 anos atrás (não me lembro exactamente o dia) demos o sinal e a primeira renda de casa da nossa vida a dois.

Quando soubémos que o Thunder não ia à tropa e que renovou contrato no trabalho dele nem esperámos mais: nem por férias nem por fim de curso nem por nada. Começámos a ver casas. Vimos para aí... uma! Ahahah, pois acho que só vimos uma e alugámos logo.

10 anitos...

sexta-feira, março 27, 2009

Peladjus in Santux

Ora acho que correria o ano de 1996, era o primeiro ano de faculdade, segundo semestre, a C. não conseguiu ficar na nossa turma.

O J. tinha carro, o resto nem carta...

Encontrávamos-nos onde? Em Santos. Cais do Sodré / Santos. 7 e pouco da manhã.

Se bem me lembro era o J. a conduzir, eu , o N., o R., e o T.
Não me devo lembrar assim tão bem porque não me lembro bem se o T. se chamava T.. Paciência.

E lá íamos nós fosse para que praia fosse da linha para ter aulas de geologia - partir calhau, mas isso era com o V. - enquanto tudo estava a apanhar solinho e a trabalhar pró bronze.

Isso é que foram bons tempos.

Lá íamos nós os 5 a cantar Mamonas Assassinas que nem uns doidos varridos.


quarta-feira, março 25, 2009

Só mais uma?

Só mais uma! Só mais uma!

Pronto, pronto, eu conto só mais esta recordação por hoje, só porque insistiram tanto, vá lá: merecem.

Esta recordação envolve: Vanda Maria, sala de aula, iogurtes.

A Vanda Maria sempre foi assim muito estouvadinha, diabo da rapariga sempre de cabeça no ar e sem atenção nenhuma a nada das coisas dela.

A Vanda Maria chegava à sala de aula, ia sossegada para o seu lugar, tirava os livros da "pasta" (não tive uma mochila na escola primária, tinha uma pasta!), tirava o caderno OU de debaixo da mesa OU de dentro da pasta (caso tivesse levado alguma palavra estilo "ao" para corrigir (leia-se escrever 500 vezes "ao" sem pôr til), tirava o estojo, a cola, tudo e tudo e tudo e deixava a pasta ali completamente esventrada e sugada de conteúdo ... bem.. completamente não, completamemnte era o que eu achava sempre (burra!!).

Quando é que eu descobria que não estava completamente vazia? Quando?

Quando me levantava para ir ao quadro, pisava a pasta e ouvia qualquer coisa semelhente a "crcchhploc" e me lembrava que o iogurte ainda estava lá dentro. Depois da minha pisadela já não estava na embalagem mas sim a forrar as paredes da pasta.

O que se conclui? Ein?

Que a minha pasta da escola tinha sempre o agradável aroma a ... iogurte.

Balouçando na escolinha

[E vai daí - ou daqui - que me lembrei disto depois de ler o post de ontem da Me Hate]

Fiz a instrução primária num colégio. Não sei até que ponto o modo de estar era diferente ou não. Nem sei se esta informação é relevante ou não.

Certo dia, estava eu na 3ª classe, distraída - como sempre, despachada da tarefa - como sempre, olhava para a turma no geral - como sempre.

Eu sentadinha na fila da sala, na minha carteira que era enoooorme (hoje se olhar para ela deve ser minúscula) que estava ao lado da porta e na porta, encostada à ombreira, a minha querida Micanda a falar com outra professora, se não estou em erro a Luísa (essa nunca foi minha professora).

Estava eu despachada dos afazeres e comecei a balouçar a cadeira nas pernas de trás. Um balancinho pequeno. Outro um bocadinho maior e a dada altura as costas da minha cadeira encontraram a carteira do colega de trás, suavemente.

Lembro-me da Micanda dizer que eu devia parar com a brincadeira porque ianda caía e lembro-me de, teiosamente, dizer que não.

Baloucinho, balouçadela, balancete, baloução, a mesa de trás a ir-se desviando aos poucos e catrapum, Vanda no meio do chão.

Foi giro e aprendi a lição.

(E daí talvez não)

sexta-feira, março 20, 2009

Outra memória com 9 anos

Hoje a minha mãe e a minha tia fazem anos.

Há 9 anos atrás almoçámos juntas as três, sozinhas, foi a única vez até hoje.

A minha tia estava a tirar um curso perto do H. S. José, eu estava na faculdade e a minha mãe tinha o dia para ela. Lá fomos ter com a minha tia e almoçámos ali perto.

Soubera eu o que sei hoje. Imaginara eu que hoje as coisas estariam assim.

Tenho tanta pena que hoje elas não estejam juntas. Não devia ser assim, duas irmãs, especialmente gémeas, não se deviam afastar.


Neste almoço há 9 anos acharam que éramos três irmãs. Pudera! A diferença de idade de mim para elas são apenas 19 anos!

Curso de espeleologia

Está a fazer algures em Março (creio que 11 e 12 / 18 e 19) 9 anos que eu, a C. e a B. fomos fazer um curso de espeleologia, dois fins de semana, muito entusiasmo, uma esperança (vã) de utilização prática.

Quantas imensas fantásticas boas e más recordações tenho desse curso!

Sem dúvida uma memória a desenvolver.

Mas deixo aqui este episódio hilario-humilhante da minha pessoa.

Por esta altura andava eu durante a semana a tratar de véus e grinaldas (mentira, era só véus) e ao fim de semana ia para o curso, lá para trás donde o diabo perdeu as botas.

O primeiro fim de semana consistiu em aprendermos técnicas de escalada. Fomos treinar esta técnica numa esscarpa, aquilo devia ter uns 30 metros de altura, era uma reentrância na rocha com uns 25 e uma superfície rija de calcário mais saliente com uns 5.


E entre todos os colegas que já nem me lembro quais foram lá vão a boa da C., da B. e eu. a subir tuca-tuca-tuca-por ali acima, entusiasmadas e tal e coiso.

Chegadas lá acima toca de descer e passar a corda a outro e não ao mesmo.

E eu que nem tenho vertigens começo a olhar cá para baixo e nem pensar. No way, nem pensar que me apanhavam a descer aquilo.
Tinha que "dar as costas" à escarpa, pôr os pés na parte saliente da rocha, descer aos "saltinhos" aqueles 5 metros e depois... depois é que a porca torcia o rabo! Sentar-me no ar, literalmente, sem apoio nenhum, com um "cordel" a suportar o meu peso. Fiz a primeira tentativa, e entrei em pânico e agarrei-me à rocha e sem saber como nem porquê lá me vi achada outra vez em cima da escarpa. Um bocadito mais arranhada e tal.

Ora isto foi sucedendo do mesmo modo um sem número de vezes, os colegas iam e vinham e eu ali sentadinha a olhar a pensar como é que ia descer. Digamos que em cima da escarpa não havia muito espaço mas eu já imaginava um saco cama e um helicóptero a trazer-me comida uma vez por semana e fazer xixi num bacio. Sim, porque a dada altura comecei a ficar imensamente aflita para ir à casa-de-banho.

Alguém entretanto avisa-me que o Thunder me estava ligar. Óh bolas... e eu ali em cima. Pedi para atenderem e dizer que se clahar não ia haver casamento porque eu não conseguia descer dali.

Entre risos humorísticos e meio histéricos a vontade de fazer xixi era cada vez maior.

Motivada pela vontade de fazer xixi lá acabei por descer.

E querem saber que mais? Depois de fazer o meu xixizinho e ter aliviado a quantidade de roupas (que entretanto o calor começou a apertar) tomei-lhe o gosto e não queria outra coisa. Subir - descer - subir - descer.. Afinal era simples e absolutamente fantástico!

quinta-feira, março 19, 2009

Porque hoje é dia do pai



Continuo sem saber o que sentir neste dia, mas sem dúvida que me sinto uma sortuda por ainda ter o meu pai perto de mim e poder estar com ele.

terça-feira, março 17, 2009

Este é "aquele remédio": Vi-daylin


Depois da Gigi ter falado no Tonosol fui ver a embalagem e descobri que era este, o Vi-Daylin.

Olhem para eles tão felizes, os bonecos, estavam felizes porque tomavam o xarope (isto era o que eu pensava. Depois cresci.)

"Aquele" remédio

Havia um remédio que eu tomava, um xarope amarelo forte, viscoso, de cheiro intenso.

Não me lembro muito do sabor. Lembro-me do cheiro.

E que tinha uma embalagem branca com desenhos de meninos de mãos dadas e que o rótulo do frasco que era castanho era em tudo semelhante à embalagem.

Acho que eram vitaminas.

Do acidente de carro que fez ontem 24 anos

Até onde terão ido as consequências daquela noite?

Até que ponto são as minhas memórias as memórias comuns? Serão elas verdadeiras?
Quanto muito posso relatar aqui factos do modo como os vi / vivi/ senti. Tenho no entanto a perfeita consciência que poderão não corresponder à realidade e no entanto até fazer o puzzle completo seria necessário juntar tantas mais memórias dos mesmo factos.

Então retomo a narrativa:

Naquela noite de Março o meu pai impossibilitado de levar o meu irmão às 11 e tal para as urgências deixou-o em casa da minha mãe.

Lembro-me nitidamente de percorrer aqueles quase 400 m noite cerrada rua acima, de braço ao peito num curativo improvisado com paus e ligaduras que os socorristas fizeram, caladinha que nem um rato não fosse o meu pai enervar-se ainda mais.
Chegados a casa da minha mãe lembro-me dele tocar à campaínha do prédio, de pedir à minha mãe para descer e de já no hall ela ficar irritadíssima e pedir para ele levar o meu irmão também. Lembro-me de o meu irmão querer ficar com ela, de o meu pai dizer que não o podia levar (vejamos, eu teria 9 anos e o meu irmão 7), que a I. nos vinha buscar e que íamos ao hospital que ela devia compreender.

Lembro-me do ar aborrecido da minha mãe de quem fcou com todos os planos de fim-de-semana estragados.
Nas minhas recordações e hoje, adulta, consigo compreender porquê no entanto este espaço é para as minhas recordações e não para conclusões sobre as vidas de ninguém, ainda que a vida da minha mãe tenha levado a que eu tenha esta recordação.

Tudo está intrincado.

O meu pai, nessa noite, revelou-se uma pessoa mais calma do que eu pensei ou teria visto numa situação de crise e a minha revelou um pouco do que eu mais tarde viria a verificar inúmeras vezes.

Sem dúvida essa noite marcou-me. Não por uma porcaria de um gesso.
Marcou porque chegados ao hospital e não sendo aquele o da área de residência e não querendo eles fazer qualquer RX o meu pai ia literalmente partindo aquilo tudo por causa de um bracito.
Marcou porque a minha I. (que na altura não teria nenhuma obrigação de me levar a um hospital a não ser a dos laços que estava a criar com o meu pai) foi impecável.
Marcou porque no regresso pensava eu que a I. iria ficar a dormir com o meu pai e eu no sofá mas não, eu dormi com o meu pai e ela foi para casa.
Marcou porque a minha mãe ficou como fim-de-semana estragado e com outros dias da semana - aqueles em que eu tinha que ir avaliar a evolução das melhoras.

E por último marcou porque estive imensos anos sem querer tirar a carta!

segunda-feira, março 16, 2009

O 1º acidente de carro

Faz hoje 24 anos que tive o primeiro acidente de carro.

Os meus pais tinham-se divirciado há pouco tempo, era fim-de-semana no meu pai e fomos jantar a casa de um casal amigo dele. O amigo ofereceu-se para nos levar a casa e catrapum.

O meu irmão bateu com a cabeça, fez um golpe, chamou-se a cruz vermelha, e acabei eu a ir para o hospital. Quando passou algum tempo o meu pulso inchou imenso e lá foi o meu pai pôr o meu irmão em casa da minha mãe, chamar a que hoje é a minha 2ª mãe e lá foi ela àquela hora da noite connosco para Santa Maria.

Depois do meu pai ter que armar um banzé lá fizeram RX e a luxação estava comprovada. Gesso e pronto.

Essa noite passei-a sozinha com o meu pai. Acho que foi a única.

A história deste blog

Há algum tempo que penso "um dia destes tenho que fazer um blog para anotar os episódios mais passados de que me vou lembrando".

Hoje assinala-se uma data. Não muito boa mas que, como todos os acontecimentos, serviu de aprendizagem, porque nem todas as coisas que acontecem acontecem por acontecer e quem me conhece sabe que uma das minhas políticas é tentar perceber e captar os sinais e tentar aprender com o que vai acontecendo.

E assim foi.