Enquanto escrevia um post no blog sem nome surgiu-me a ideia para outro (este) e desse surgiu-me esta memória, uma mémória que não é de todo linear, vários aspectos acabam por estar intrincados nesta coisinha "tão simples" que é a vida familiar na infância e as suas repercurssões na vida adulta.
Para quem não vai ler o post do Sem Nome a memória surgiu-me ao escrever que «Não, não tenho feitio nem de queixas nem de lamúrias nem de desabafos banais. Para mim a lágrima é uma coisa séria».
Nem sempre fui assim e o feitio também é uma coisa que se molda.
Quando eu era miúda eu e o meu irmão andávamos constantemente às turras, e andar às turras era nos dias bons: aquilo era de fazer sangue. Enfim, dávamo-nos muuuito bem!
Uma regra que havia em casa (e mesmo com o divórcio continuou a vigorar mas passou a vigorar em duas casas - na da mãe e na do pai) era não haver queixinhas.
As coisas passavam-se sempre da mesma forma (ou quase sempre): havia a briga e chorava-se. Vinha o pai ou a mãe pôr ordem na questão, começavam as queixas de "foi ele!!" ou "foi ela!!" e a única resposta da mãe era que não interessava quem tinha sido, não ouvia queixas. Bem... o pai era mais radical: quem se queixasse, mesmo tendo razão, apanhava uma palmada e acreditem que a mão do meu pai de leve nunca teve nada.
O que sempre me deixou danada foi apanhar de dois lados: do meu irmão, que me ia bater, empurrar, puxar cabelos ou o que fosse que lhe desse na telha, e assim que eu resmungava ou refilava ou chorava (dependendo do estímulo) apanhar do meu pai por me estar a manifestar.
Mas asseguro que o que não nos mata torna-nos mais fortes e também asseguro que pode demorar algum tempo mas sempre nos adaptamos às situações.
O que sei e tenho a certeza absoluta é que este tipo de educação teve toda a influência no modo como manifesto as situações menos boas (e apesar de tudo também as boas) que acontecem na minha vida e nunca mas nunca seria possível se eu não tivesse tido irmãos.
Para quem não vai ler o post do Sem Nome a memória surgiu-me ao escrever que «Não, não tenho feitio nem de queixas nem de lamúrias nem de desabafos banais. Para mim a lágrima é uma coisa séria».
Nem sempre fui assim e o feitio também é uma coisa que se molda.
Quando eu era miúda eu e o meu irmão andávamos constantemente às turras, e andar às turras era nos dias bons: aquilo era de fazer sangue. Enfim, dávamo-nos muuuito bem!
Uma regra que havia em casa (e mesmo com o divórcio continuou a vigorar mas passou a vigorar em duas casas - na da mãe e na do pai) era não haver queixinhas.
As coisas passavam-se sempre da mesma forma (ou quase sempre): havia a briga e chorava-se. Vinha o pai ou a mãe pôr ordem na questão, começavam as queixas de "foi ele!!" ou "foi ela!!" e a única resposta da mãe era que não interessava quem tinha sido, não ouvia queixas. Bem... o pai era mais radical: quem se queixasse, mesmo tendo razão, apanhava uma palmada e acreditem que a mão do meu pai de leve nunca teve nada.
O que sempre me deixou danada foi apanhar de dois lados: do meu irmão, que me ia bater, empurrar, puxar cabelos ou o que fosse que lhe desse na telha, e assim que eu resmungava ou refilava ou chorava (dependendo do estímulo) apanhar do meu pai por me estar a manifestar.
Mas asseguro que o que não nos mata torna-nos mais fortes e também asseguro que pode demorar algum tempo mas sempre nos adaptamos às situações.
O que sei e tenho a certeza absoluta é que este tipo de educação teve toda a influência no modo como manifesto as situações menos boas (e apesar de tudo também as boas) que acontecem na minha vida e nunca mas nunca seria possível se eu não tivesse tido irmãos.
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