Por falar em carta, quando estava a tirar a minha eu morria de medo de não conseguir, que acontecesse alguma coisa, eu sei lá, para mim aquilo foi um terror. Eu ia a chorar para as aulas como stress.
O meu instrutor nunca me deixou desistir mesmo comigo a implorar. Mesmo comigo a chegar ao pé dele sem entrar no carro e a dizer que tinha só ido avisar que estava a desistir. O que ouvia era um "eu tenho a sua morada, atreva-se a faltar que eu vou lá buscá-la, toca mais é a entrar no carro e falamos pelo caminho!"
Por volta de Outubro propus-me para exame de condução, mas a data estava demorada a marcar. A família e alguns amigos começaram a ficar impacientes e sempre a perguntar se já tinha exame marcado. A impaciência deles traduziu-se num aumento da minha e num aumento dos meus receios, especialmente de chumbar, parecia que tudo ia depender daquilo, só pensava que se falhasse iria deixar todos ficar mal.
Quando a data do exame finalmente veio decidi que não ia contar a ninguém que não precisasse saber. E as pessoas que precisavam mesmo saber eram a minha chefe (eu precisei de pedir o dia) e o Thunder. A ambos pedi que não fizessem alarido nem se pusessem com "boas sortes" nem nada disso. Seria uma ida a Lisboa e mais nada. Confesso que estava convencidíssima que ia chumbar.
Mas passei. A minha surpresa foi tão grande que só acreditei quando o examinador trouxe os documentos que comprovavam. Fiquei mesmo estupidificada.
Aí sim, liguei aoThunder a dizer. Depois à minha mãe, que me disse: «mas... mas... eu falei contigo e tu não me disseste nada, disseste que ainda não tinhas data.»
Foi uma mentirinha piedosa para ambas. Ela não stressou e eu não fiquei com o peso da responsabilidade de não desiludir ninguém.
Ela compreendeu.
Acredito que vá compreender de novo no futuro.
O meu instrutor nunca me deixou desistir mesmo comigo a implorar. Mesmo comigo a chegar ao pé dele sem entrar no carro e a dizer que tinha só ido avisar que estava a desistir. O que ouvia era um "eu tenho a sua morada, atreva-se a faltar que eu vou lá buscá-la, toca mais é a entrar no carro e falamos pelo caminho!"
Por volta de Outubro propus-me para exame de condução, mas a data estava demorada a marcar. A família e alguns amigos começaram a ficar impacientes e sempre a perguntar se já tinha exame marcado. A impaciência deles traduziu-se num aumento da minha e num aumento dos meus receios, especialmente de chumbar, parecia que tudo ia depender daquilo, só pensava que se falhasse iria deixar todos ficar mal.
Quando a data do exame finalmente veio decidi que não ia contar a ninguém que não precisasse saber. E as pessoas que precisavam mesmo saber eram a minha chefe (eu precisei de pedir o dia) e o Thunder. A ambos pedi que não fizessem alarido nem se pusessem com "boas sortes" nem nada disso. Seria uma ida a Lisboa e mais nada. Confesso que estava convencidíssima que ia chumbar.
Mas passei. A minha surpresa foi tão grande que só acreditei quando o examinador trouxe os documentos que comprovavam. Fiquei mesmo estupidificada.
Aí sim, liguei aoThunder a dizer. Depois à minha mãe, que me disse: «mas... mas... eu falei contigo e tu não me disseste nada, disseste que ainda não tinhas data.»
Foi uma mentirinha piedosa para ambas. Ela não stressou e eu não fiquei com o peso da responsabilidade de não desiludir ninguém.
Ela compreendeu.
Acredito que vá compreender de novo no futuro.
1 comentário:
É quase aterrador pensarms que podemos desiludir alguém, principalmente aqueles de quem gostamos e que contam connosco!
E hoje aposto que adoras guiar;)
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