segunda-feira, maio 18, 2009

O pequeno almoço na casa dos avós

A avó E. foi uma pessoa rígida, com um mau feitio desgraçado, era danadinha para arranjar conflitos - que os adorava!

Também era uma pessoa, sejamos francos, má. Não era má pessoa, era uma pessoa má.

Toda a minha vida com ela (até aos 10 / 11 anos eram os 3 meses de Verão e a Páscoa e depois dos 13 foi até casar, todo o santo dia) comi pão duro, ela comprava pão que sobrava para o dia seguinte e no dia seguinte comprava mais pão ainda mas não podíamos comer o pão fresco acabado de comprar, só podíamos comer o pão da véspera (ou antevéspera ou até antes e se tivesse bolor não fazia mal: o que não mata engorda).

Como "para grandes males grandes remédios", aqui a espertinha da menina ia sempre comer para o quintal, para ao pé do Jota, o cão. Bebia o leitinho todo na cozinha (para não entornar, 'vó, e como o pão lá fora) e saía a correr para o quintal. Para ao pé do Jota, pois.

E às vezes nem o Jota queria o pão. Lá tinha eu que pegar no pão com manteiga e atirar às galinhas.

2 comentários:

mimanora disse...

Rico pequeno pequeno almoço.
Essa é uma memória que devias eraaaaaseeeeee.

Beijos

pensamentosametro disse...

O que não nos mata, torna-nos mais fortes. :::))))))))))))


Bjo


Tita